segunda-feira, 4 de abril de 2011



Um papel em branco
É tudo o que eu preciso.
É onde tudo começa.
Nele eu escrevo o que quero,
Não tenho que mostrar para ninguém,
Só deixar fluir, desabafar, desabar...
Não precisa ter linhas,
Deixo que o movimento do lápis siga seu curso,
Seja em retas ou curvas.
Nem precisa ser decorado,
Deixo que a beleza das palavras desenhem
Todo o sentimento.
Nele eu demonstro alegrias e tristezas,
Perdas e ganhos, conquistas e desamores...
Uso isso como válvula de escape,
Quando já não consigo reter as lágrimas
Ou conter as emoções.
Então escrevo para me distrair ou tentar esquecer.
Nem sempre as palavras ficam guardadas.
Eu simplesmente arranco a folha do caderno,
Amasso e jogo fora.
Ele já cumpriu sua missão.
Já me sinto melhor!
         
{Tanmi}
         
'À extremidade de mim estou eu. Eu, implorante, eu a que necessita, a que pede, a que chora, a que se lamenta. Mas a que canta. A que diz palavras. Palavras ao vento? Que importa, os ventos as trazem de novo e eu as possuo.'
         
{Clarice Lispector}