domingo, 17 de abril de 2011

Prazo de validade



 
Um amor eterno que se perde na eternidade da indiferença

Aquele brilho no olhar que já não existe mais

O coração desacelera

No compasso que antes parecia infinito

Um sorriso que se fecha

À menor sensação de descontentamento

Já não existe o carinho de outrora

As longas conversas começam a ficar monótonas

Pessoas que separam pessoas

E as relações parecem não resistir

Cada momento juntos

Se perde na memória

Mal recordam se foram felizes

Não imaginavam que havia prazo de validade

E esse parece ter vencido

E vem a pergunta do tempo perdido

Perdido com alguém que foi embora

Em boa hora?

Na hora de ser esquecido.

     

{Tanmi}
'Atreve-se o tempo a colunas de mármore, quanto mais a corações de cera! São as afeições como as vidas, que não há mais certo sinal de haverem de durar pouco, que terem durado muito.'

     

{Padre Antônio Vieira)