terça-feira, 8 de junho de 2010

Quando você vier




Quando você vier, que não seja nem tão forte, nem tão triste. Que os anjos se juntem (e não se afastem). Quando você vier, que um arco-íris se aproxime do imprevisto. Quando você vier, que eu esteja aprisionada na dor de jamais aceitar o inacabado como um formato. Que eu mergulhe sempre na lama da dor, e que toda ferida seja aquecida no intervalo do infinito. Quando voce vier, e se não for pedir demais, não chegue antes de pelo menos saber qual é a sensação de perder e, ao mesmo tempo, ganhar. Não venha antes do esquecido que eu tanto quis encontrar. Mesmo que a sua vinda não seja um mar de flores, mas ao menos um sorriso aberto demonstrando o que há no seu coração. Quando você chegar, que o pesadelo de sonhar acabe, e que o sonhe de uma nova manhã compense o fim do pesadelo.



[adaptação do texto de Fernando Luis]